sexta-feira, 3 de maio de 2013

Essas coisas da vida...



Cada dia que passa eu me surpreendo mais e mais comigo, descubro coisas e aprendo toda hora.
Percebi que realmente não gosto de cheiro-verde, depois da milésima vez que tentei comer. Sinto vontade de vomitar quando sinto o gosto daquilo (como conseguem comer aquilo??).
Descobri que amo cor, mas não todas, amo vermelho e suas variações, azul, roxo, branco, preto, dourado (dá para acreditar que hoje em dia eu ame dourado?!).
Descobri que não sou uma bad girl como eu pensava, não sou do tipo perfeitinha, nem quero ser, Deeeeeos me livre disso!! Ainda acho pessoas politicamente corretas um pé no saco, falo palavrão já que é terapêutico, chingo mentalmente pessoas que não gosto mas tento tratar bem só pq sou educada. Mas sou mais séria do que pensei, me importo com os sentimentos dos outros, não gosto de ser injusta e detesto mentira.
Descobri que morro de vontade de ter um bicho, um gato. Não que eu queira virar vegetariana, quem me conhece sabe que isso jamais seria possível, e também não quero um cachorro pois não consigo deixar de detestá-los (e eles a mim), desde criança sempre me identifiquei mais com gatos. Acho que deve ser muito bom ser amada por um animal.
Descobri que gosto muito de conversar com pessoas mais velhas que eu, com mais experiência de vida, com uma visão mais além, não tão imediatista quanto a minha.
Percebi que todo mundo tem alguma coisa para ensinar, mesmo aquela pessoa que não tem nenhum pinguinho de credibilidade. As pessoas ensinam coisas boas e ruins, mas não só com palavras, com atitudes.
Descobri que atitudes dizem mais do que palavras, não adianta eu jurar de pés juntos que não me incomodo com algo que dá para ver que me incomoda, assim como eu dizer que me importo com algo que incomoda outras pessoas e não fazer exatamente nada para mudar aquilo.
Descobri que ninguém se importa mais comigo do que eu. Ninguém vai fazer o que eu quero, dizer as coisas que eu quero ouvir só para me ver feliz, se importar tanto com coisas que me chateiam ou magoam como eu, o que é meio óbvio, já que "no do outro é frescura".
Descobri que a saudade dói, tanto de quem já desencarnou quanto de quem só está (por opção ou não) longe, que a dor passa e volta o tempo todo e que é possível não lembrar dessa dor e meia hora depois chorar por isso.
Descobri que amar é difícil demais, mais do que matemática, mais do que bioestatística, mais do que passar delineador e colocar cílios postiços. Amar é foda, é bom e ruim, é feliz e triste. É difícil demais lidar e entender os sentimentos dos outros, é difícil abrir mão e deixar livre, entender as vontades e escolhas dos outros.
Descobri que ser sozinho é pior do que amar. É só triste, sem a parte feliz, é ruim, sem a parte boa. É a falta do abraço, do carinho, da companhia, de alguém para se importar. É a casa vazia, a cama gelada e ninguém para dividir a batata frita.
Descobri que desistir de lutar e deixar o tempo passar é o suficiente para acabar com o meu sistema imunológico e ficar bem, bem doente.
Descobri que quando estou de coração partido as músicas românticas me perseguem que nem as baratas voadoras quando estou sozinha.
Descobri que não sou uma dona de casa super exemplar.
Descobri que fico MUITO carente quando adoeço. Sinto mais saudade das pessoas que não estão por perto, sinto mais solidão, mais dor e mais vontade de chorar. Hoje não é mais tão legal ficar doente como era quando eu era criança, na época em que eu faltava a aula e minha mãe não ia trabalhar só para ficar o dia me paparicando e fazendo chá de capim santo.
Descobri que uma jaqueta de couro nova pode ser exatamente o presente que eu estava precisando e que esse presente deveria ser dado por mim.
Descobri que a pior coisa que eu posso fazer é ouvir a opinião das pessoas com relação aos meus problemas, ninguém sabe o que realmente acontece, falam coisas baseadas nas próprias experiências e eu fico com a cabeça cheia de minhocas!
São tantas as descobertas, mas tantas, que eu não consigo nem organizar as ideias direito para conseguir descrevê-las, e entre todas as descobertas eu percebo que tenho muita esperança de que tudo fique bem, de que as coisas se acertem, pois o que é para ser tem uma força enorme!

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